Em artigos anteriores falámos, primeiro das diferenças entre o Psicólogo e o Psiquiatra e, depois, das diferenças entre o Psicólogo e o Psicoterapeuta. Vou hoje abordar as principais diferenças entre o Neuropsicólogo e o Neurologista.
O Neurologista (tal como como o psiquiatra) é um médico: possui uma formação superior em medicina e especializou-se em Neurologia. Como tal, observa o funcionamento cognitivo de um ponto de vista mais estrutural, recorrendo a conhecimentos sobre o sistema nervoso e biológico do corpo e encarando os problemas como uma doença ou perturbação, que geralmente necessita de medicação ou de técnicas médicas para ser tratada. Os seus instrumento de avaliação passam geralmente pelas técnicas radiológicas (RX, TAC, ECG, PET scan) ou pelo exame físico dos pacientes, e a sua intervenção baseia-se geralmente na prescrição de fármacos que regulem o funcionamento neurológico do sujeito.
O Neuropsicólogo não é um médico, mas sim um profissional com formação superior em Psicologia que se especializou em Neuropsicologia, pelo que recorre a técnicas de avaliação psicológica (testes e provas neuropsicológicas) e a sua forma de intervenção passa sobretudo pela estimulação cognitiva, tentando melhorar o funcionamento das funções afetadas.
Tal como acontecia entre o Psicólogo e o Psiquiatra, ainda que com abordagens, métodos e formas de intervenção diferentes, Neurologista e Neuropsicólogo trabalham frequentemente em equipa visando o mesmo objetivo comum: o bem estar do paciente.
Minha mãe esta fazendo umas coisas diferentes esquecendo das coisas,falando coisa com coisa fomos ao geriatra ele encaminhou para um neupsicologo porque esta suspeitando de mal de alzaime sera que o neorologista não resolve de vez de passar no neuropsicologo.
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Olá Valéria, muito obrigado pela sua mensagem. Na verdade são áreas de atuação diferentes. A confirmar-se a suspeita de Alzheimer terá provavelmente de consultar (também) um neurologista posteriormente com vista à devida medicação. No entanto, para já, o neuropsicólogo fará uma avaliação das áreas neurocognitivas afetadas e preservadas, o que permitirá perceber melhor se estamos ou não perante um quadro demencial. Este tipo de avaliação (que pressupõe a aplicação de testes neuropsicológicos) é exclusiva do neuropsicólogo e não pode ser feita pelo neurologista, da mesma forma que a eventual medicação terá de ser prescrita pelo neurologista e não pelo neuropsicólogo). Paralelamente seria também recomendável (caso ainda não tenha feito), realizar um exame neuroimagiológico (TAC ou RM). Espero que tudo corra pelo melhor.
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